sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Dois sargentos da PM são assassinados em menos de 24 horas na capital

O sargento da Polícia Militar, José Jorge Arruda, 48 anos, foi executado por quatro bandidos, nesta quinta-feira (11), na rua Henriquetta Catharino, em Engenho Velho da Federação. O crime aconteceu menos de 24 horas depois de outro PM, o também sargento Teófilo Santos Matos, 44 anos, ter sido assassinado com dois tiros, em Engomadeira.
De acordo com Marcos Prisco, presidente da Associação Nacional dos Soldados e Praças (Anaspra), com as duas mortes, já são 32 policiais vítimas da ação de criminosos na Bahia, 28 deles militares.
Conforme os relatos colhidos pela polícia, os quatro bandidos chegaram em um gol prata e surpreenderam o sargento com uma saraivada de tiros de pistola, que, segundo agentes, podem ser de calibre 9 milímetros, .40 ou .380. José Arruda estava à paisana, vestido apenas de short, sentado em um banco acompanhado de seu passarinho, como costumava fazer em dias de folga.
O policial, que morava em uma rua atrás do local do crime e estava desarmado, chegou a se proteger em vão atrás de um Fiesta azul, placa JMN 0107, que ficou cravado de balas. O sargento recebeu diversos tiros pelo corpo e na cabeça. As primeiras informações foram de 36 disparos apenas nas costas.
O delegado responsável pelo caso, o plantonista da 7ª Delegacia de Polícia (DP), no Rio Vermelho, Manoel José de Santana, afirmou que “tudo indica para traficantes“ como autores do crime. “Foi crime de vingança. Mataram em razão do trabalho que ele fazia. Estamos trabalhando com suspeitos, mas ainda é cedo para citar nomes“, disse.
Já o capitão Marcelo Pita, porta-voz do Comando Geral da Polícia Militar, disse que a corporação lamenta a segunda morte de um policial em um intervalo de aproximadamente 24 horas. Ele, no entanto, considera precoce fazer comentários sobre as causas dos crimes, pois, diz, não há por enquanto “informações consistentes”. “Pode ser queima de arquivo ou ter relação com o tráfico. Ainda é prematuro para falar. Pode ser uma infeliz coincidência ou haver, de fato, uma ação criminosa”, explica.
* Com informações de George Brito, do A TARDE.

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